Texto de Lídia Gabrielly para o Grupo de Física de Partículas e Astropartículas- UFRN
No dia 26 de novembro de 2022 foi enviada uma missão de reabastecimento comercial para a Estação Espacial Internacional (ISS), a missão, também conhecida como SpaceX CRS-26 ou SpX-26. Sendo o sexto voo da SpaceX, desde o contrato CRS Fase 2, realizado com a NASA em janeiro de 2016.
Além dos suprimentos enviados e material para a manutenção da estação, foram enviadas dezenas de pesquisas do mundo todo. Incluindo a pesquisa realizada por pesquisadores, brasileiros, da farmacêutica Cimed em parceria com pesquisadores da USP, a pesquisa enviada a ISS estuda a absorção de vitaminas e minerais por leveduras (fungos unicelulares).
Figura 1 Missão CRS-26 da NASA, com foguete da SpaceX.
O material foi enviado em um tubo de ensaio desenvolvido para realizar experimentos fora da atmosfera terrestre, os astronautas o receberam e um deles ficou com a missão de conduzir experimentos de acordo com as instruções dos pesquisadores brasileiros.
Patricia Lazzarotto, especializada em biotecnologia e farmácia aeroespacial, explica a importância do ambiente espacial para desenvolver a pesquisa, “A estação espacial é um laboratório de condição extrema em que a gente consegue analisar fungos, bactérias, vírus e outras amostras em situação de estresse”.
O ambiente de estresse somado à presença de vitaminas, diz ela, gera uma série de alterações na expressão de diversos genes, os de interesse para a pesquisa são os relacionados ao envelhecimento das células. Tendo como objetivo entender como as vitaminas mantidas em contado com as leveduras alteraram os genes dos microrganismos, a análise dos dados já está sendo feita em Terra, após o retorno do material.
Segundo ela, esse tipo de pesquisa pode auxiliar no desenvolvimento de novos tratamentos e fórmulas mais eficazes. O estudo em questão faz parte de um projeto de pesquisa aeroespacial, estando em sua segunda etapa.
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