Texto de Lídia Gabrielly Dutra (IFRN) para o Grupo de Física de Partículas e Astropartículas da UFRN, e editado por Farinaldo Queiroz (UFRN)
A fusão de dois buracos negros pode ser identificada através da observação de ondas gravitacionais. No segundo semestre de 2022, a partir de dados do Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory (LIGO) e do observatório Virgo, na Itália, foi possível detectar um evento incomum envolvendo buracos negros.
Quase todas as ondulações do espaço-tempo que experimentos como o Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory, ou LIGO, veem vêm de colisões entre buracos negros e estrelas de nêutrons que provavelmente são membros próximos da família (SN: 21/01/21). Eles já foram pares de estrelas nascidas ao mesmo tempo e no mesmo lugar, eventualmente colapsando para formar buracos negros em órbita ou estrelas de nêutrons na velhice.
Agora, um casamento recém-observado de buracos negros, encontrado em dados existentes do LIGO, com sede nos EUA, e de seu observatório irmão, Virgo, na Itália, parece ser um par não relacionado.
Os buracos negros que nascem no mesmo lugar tendem a ter seus spins alinhados, como um par de piões de brinquedo girando sobre uma mesa, enquanto orbitam um ao outro. Mas o par neste caso não tem correlação entre seus respectivos spins e órbitas, o que implica que eles nasceram em lugares diferentes.
Segundo um dos autores da pesquisa “Isso está nos dizendo que finalmente encontramos um par de buracos negros que devem vir do canal não envelhecer e morrer juntos.
Two black holes merged despite being born far apart in space. Science News, 2022. Disponível em: <https://www.sciencenews.org/article/black-hole-merge-distant-spin-gravitational-wave>. Acesso em 23 de abril de 2023.
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