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Farinaldo Queiroz

O ACONTECEU NA NOSSA GALÁXIA?

Uma nova análise de uma das explosões mais famosas do cosmos revelou uma curiosa assimetria. Parte da nebulosa interna da remanescente de supernova Cassiopeia A não está, descobriram os astrônomos, expandindo-se uniformemente.


Algo fez com que uma parte da nuvem se movesse, não para fora com o resto do material, mas para dentro, de volta à fonte da explosão: um choque reverso. O movimento para trás no oeste pode significar duas coisas : “Ou há um buraco em algum lugar, uma espécie de vácuo, no material da supernova, fazendo com que a camada quente de repente se mova para dentro do local. Ou a nebulosa colidiu com alguma coisa”, segundo Jacco Vink, Astrônomo da Universidade de Amsterdã, na Holanda.





Cassiopeia A é um dos objetos mais famosos e bem estudados da Via Láctea. É o que chamamos de remanescente de supernova – a nuvem em expansão de material ejetado que sobrou depois que uma estrela massiva entrou em colapso. Acredita-se que a supernova Cassiopeia A tenha sido observada pela primeira vez na década de 1670, iluminando o céu, e os astrônomos estudam o remanescente desde então. É uma excelente amostra para estudar a evolução das supernovas.



A Cassiopeia A emite luz em vários comprimentos de onda e consiste em uma grande camada esférica de material em expansão que está se expandindo a uma taxa média entre 4.000 e 6.000 quilômetros por segundo. Em um novo estudo, pesquisadores tentam entender como o remanescente vem mudando ao longo do tempo. Eles descobriram que uma seção no lado oeste da região interna da camada está voltando para o centro, a velocidades entre 3.000 e 8.000 quilômetros por segundo. Eles também descobriram que a onda de choque externa da mesma seção da camada está se acelerando. De acordo com modelos de computador de uma onda de choque em expansão, uma colisão com algo inicialmente fará com que a frente de choque desacelere e depois acelere: “Exatamente como medimos”.

Então, com o que a onda de choque poderia ter colidido? Acompanhe os próximos capítulos.



Texto- Yalle Carolina - UESB - Projeto EPA "Ensino de Partículas e Astropartículas - UFRN".

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