O grupo de astrônomos que estudam exoplanetas ultra-quentes, utilizam o Telescópio Espacial Hubble da NASA para sondar mundos do tamanho de Júpiter que estão próximos de sua estrela-mãe. Com temperaturas acima de 3.000 graus Fahrenheit (equivalente a 1648,889 °C), metais incluindo titânio são vaporizados. Os astrônomos relataram que em um desses planetas, de condições climáticas bizarras, está chovendo rocha vaporizada e em outro, sua atmosfera superior está ficando cada vez mais quente por estar sendo queimado por seu Sol. Estudar climas incomuns dá aos astrônomos novos patamares meteorológicos que são desconhecidos e precisam ser estudados.
Segundo David Sing, da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, Maryland, "ainda não temos uma boa compreensão do clima em diferentes ambientes planetários [...] quando você olha para a Terra, todas as nossas previsões meteorológicas ainda estão sintonizadas com o que podemos medir. Mas quando você vai para um exoplaneta distante, você tem poderes preditivos limitados porque não construiu uma teoria geral sobre como tudo em uma atmosfera funciona e se encontra em situações de condições extremas.”
Em um artigo publicado na Nature de 6 de abril de 2022, os pesquisadores descrevem as observações do exoplaneta ultra-quente WASP-178b, localizado a cerca de 13000 anos luz de distância. No lado diurno, a atmosfera não tem nuvens e é enriquecida em gás monóxido de silício. Nesse caso a atmosfera tórrida gira para o lado noturno em velocidades extremas superiores a 3.200km/h. No lado escuro, o monóxido de silício pode esfriar o suficiente para se condensar numa rocha que chove das nuvens, mas mesmo ao amanhecer e ao anoitecer, o planeta é quente o suficiente para vaporizar a rocha.
“Até agora, nunca sabíamos como a estrela hospedeira afetava diretamente a atmosfera de um planeta. Houve muitas teorias, mas agora temos os primeiros dados observacionais”, disse Guangwei Fu, da Universidade de Maryland, College Park, sobre um relato de um exoplaneta ultra quente KELT-20b, de 24 de janeiro de 2022 publicado no Astrophysical Journal Letters. Segundo ele, uma explosão de luz ultravioleta de sua estrela-mãe está criando uma camada térmica na atmosfera, muito parecida com a atmosfera da Terra. Em nosso planeta, o ozônio na atmosfera absorve a luz UV e aumenta as temperaturas em uma camada entre 7 a 31 milhas acima da superfície da Terra. Em KELT-20b, a radiação UV da estrela está aquecendo metais na atmosfera, o que cria uma camada de inversão térmica muito forte.
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Texo: Yalle Carolina - UESB
FONTE:
HUBBLE SONDA CLIMA EXTREMO EM JÚPITERES ULTRA-QUENTES. Nasa, 2022. Disponível em: https://www.nasa.gov/feature/goddard/2022/hubble-probes-extreme-weather-on-ultra-hot-jupiters. Acesso em: 06 de março de 2022.
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